File:Audio file of Rua da Cruz Preta, 1858.ogg

Português: Versão audível do quadro Rua da Cruz Preta, 1858, de Benedito Calixto de Jesus. Trabalho realizado em programa de educação na Faculdade Cásper Líbero sob orientação da Profa. Filomena Salemme e do Prof. João Alexandre Peschanski, com apoio do Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil e da equipe educativa do Museu Paulista.

O texto da audiodescrição é: Rua da Cruz Preta, 1858, é um quadro pintado pelo artista brasileiro Benedito Calixto de Jesus, em 1918, com a técnica de óleo sobre tela. O quadro retrata uma das antigas ruas da cidade de São Paulo. Ganhou esse nome em referência a uma grande cruz de madeira pintada de preto erguida na esquina. Atualmente, é conhecida como Quintino Bocaiúva. Na pintura é possível observar uma vasta área de plantação rasteira, principalmente à esquerda da obra. Não é possível determinar a espécie da vegetação, mas possui tons de verde claro, já próximo do amarelo. Esta área é delimitada por uma cerca, composta por três sequências de fios metálicos e estacas de madeiras que se estendem até o horizonte. Algumas delas já estão bem gastas e destruídas. Não é possível ver o chão onde estão fincadas, graças as plantas mais verdes, de porte mediano, que estão ao seu redor e recobrem partes das suas estruturas. Do lado direito da tela, há uma espécie de caminho de terra batida e, em alguns pontos, rachada. Sua borda direita ganha altura, formando um elevado. Apenas no topo é possível observar já uma rala vegetação verde escura. Em segundo plano, ao fundo da obra, já no limite da plantação rasteira, há uma mata mais densa, notoriamente cheia e de cores vivas. Seus tons mesclam entre o verde claro e escuro. Pode-se comparar este espaço a vegetação típica do cerrado, com número reduzido de árvores e arbustos, além de um significativo espaço entre cada espécie. Neste mesmo ponto existem duas casas, ambas pintadas de branco e telhados de tijolos. A primeira, que está mais próximo do campo de visão do observador, é maior, com dois andares e largura mais extensa. Sua dimensionalidade lembra um paralelepípedo e está envolta de árvores e outras plantas de grande porte. A segunda casa, mais ao fundo, assemelha-se a um sobrado. Quase não é possível observar a sua construção, estando apenas visível o topo de formato triangular. Deduz-se que há uma chaminé na parte direita do telhado da residência, uma vez que há uma fumaça branca sendo dispersa no ar. Já em um terceiro plano, ponto mais longínquo e elevado do quadro, o terreno forma uma colina. Um simplório caminho de terra se estende pela vegetação, culminando na entrada de um casarão. Este tem sua estrutura e desenho idênticos ao Museu do Ipiranga. Seu estilo arquitetônico é eclético, com variedade de tijolos cerâmicos e colunas. Há várias janelas em sua extensão, assim como seu telhado é, em partes, retangular e quadrado. Na frente do edifício encontra-se uma escada longa, que leva até suas portas principais. Sua fachada foi construída no formato triangular, o que pode lembra um estilo renascentista e os antigos templos gregos. Nas duas extremidades, ou pontas, o casarão ganha mais um andar, assemelhando-se a torres quadradas.

Um pouco mais da metade do quadro é tomado pelo céu. Seus tons de azul variam em determinadas regiões, ora mais claros, próximos já do branco, ora mais escuros. Há uma grande quantidade de nuvens, todas brancas, fibrosas, altas, delicadas e finas.