File:Dr Juvenal da Silva Carvalho na cerimónia de lançamento da primeira pedra do bairro social da Ajuda, 28 de maio de 1938, Funchal - Image 230781.jpg

Dr. Juvenal da Silva Carvalho na cerimónia de lançamento da primeira pedra do bairro social da Ajuda.

(1900-1973 c.)
Em segundo plano, o deputado Dr. Juvenal de Araújo  (1892-1976) e Fernão Ornelas (1908-1978), presidente da câmara do Funchal.
Fotografia de Álvaro Nascimento Figueira (1885-1967), Foto Figueiras, 28 de maio de 1938.
Negativo simples, vidro e gelatina sal de prata, 10 x 15 cm
Photographia-Museu Vicente’s, PHF 1382.

Juvenal António da Silva Carvalho (1900-1973 c.). Advogado e político, licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa e, regressado ao Funchal, onde abriu banca de advogado e se revelou um orador de grandes recursos, vindo a ser um grande defensor da política do Estado Novo, sendo presidente da Câmara Municipal do Funchal e governador substituo durante alguns anos. Em 1939, entretanto, fixou residência na cidade da Beira, em Moçambique, onde foi inspetor superior do Ministério do Ultramar e prestou serviço na Junta dos Cereais e do Algodão. Regressaria ao continente ao atingir o limite de idade, fixando-se em Lisboa, onde faleceu.
Juvenal Henriques de Araújo (Funchal, 21 nov. 1892; idem, 2 nov. 1976). Filho de João Isidoro de Araújo, frequentou o Liceu do Funchal e a faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, curso que terminou em 1914. Já em Coimbra militou nos movimentos católicos e escreveu no Imparcial e, na Madeira, foi diretor do Diário da Madeira e depois do Diário de Notícias, tendo sido deputado nas legislaturas de 1935-38, 1938-42 e 1942-45. Foi professor do liceu do Funchal, da escola industrial e comercial António Augusto de Aguiar, presidente da Junta Agrícola da Madeira e vice-presidente da Junta Geral. Fundou a casa bancária Rodrigues, Irmãos & Ca., foi diretor do Banco da Madeira e presidente da Associação Comercial do Funchal, da qual há muitos anos era secretário.
Fernão Manuel de Ornelas Gonçalves (Funchal, 14 jun. 1908; Lisboa, 24 maio 1978). Começando o percurso académico no Funchal, com 17 anos, embarcou para Lisboa, inscrevendo-se na Faculdade de Direito, onde terminou o curso em 1931. Regressou então à Madeira e, no ano seguinte, foi nomeado subdelegado do Procurador da República, tornando-se, em 1935, chefe efetivo da Secretaria Judicial, ao mesmo tempo que assumia a presidência da comissão administrativa da câmara do Funchal. Seria assim presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Funchal de 12 jan. 1935 a 22 out. 1946; depois diretor do Banco da Madeira, em Lisboa, integraria o Conselho da Administração da Caixa Geral de Depósitos, da Hidroelétrica do Cavado e do Banco Pinto & Souto Maior. Quando na sequência do pronunciamento do 25 de Abril se instituiu a Autonomia Regional, ainda foi sondado em Lisboa para aceitar integrar a Junta de Planeamento e o lugar de Ministro de República, mas as suas condições de saúde já não o permitiram.