File:Comunhão solene na igreja matriz de São Jorge, c. 1950 - Image 208820.jpg

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Português:

Cerimónia da elevação do Santíssimo em comunhão solene na igreja matriz de São Jorge

Reconstrução com projeto geral de Domingos Rodrigues Martins e outros, 1761 (c.).
Fotografia do Museu de Fotografia da Madeira, Atelier Vicentes, coleção Prestrellos (?), 1950 (c.).
Cópia da coleção de João Márcio de Matos, cedida a Madeira Quase Esquecida.

Achada Grande, São Jorge, Santana, ilha da Madeira.

Igreja matriz rural com excecional recheio de talha barroca e rococó, única na Região de que se conhece o desenho do projeto inicial do retábulo, assinado pelo mestre das obras reais. A Igreja apresenta-se isolada em adro murado e o conjunto dos retábulos entalhados e dourados é um dos de melhor qualidade existentes na Madeira, tudo contribuindo para que o conjunto seja o mais importante acervo de arte sacra da costa norte da ilha da Madeira. Bibliografia: padre Silvério Aníbal de Matos, São Jorge e suas Ermidas, Câmara Municipal de Santana, 2000; Rui Carita, ficha de Monumento.pt, 2003.
Cronologia:
1475 – Fundação da primitiva ermida com esta invocação no Sítio do Calhau; 1509, 5 ago. – criação da capelania de São Jorge e de Santana, cujo capelão usufruía de um ordenado anual de 5$000 réis, para além do pé-de-altar, com a obrigação de “dizer missa aos Domingos e festas e a confessar e dar todos os sacramentos“; 1515, 4 dez. – mandado do rei D. Manuel a Antão Álvares, almoxarife da capitania de Machico, para o recebedor do tesouro entregar vários ornamentos e alfaias para a igreja de São Jorge; 1516, 12 mar. – recibo em como as alfaias foram entregues em São Jorge; 1517 – criação de um curato; 1521 – referência ao ordenado do vigário de São Jorge, mandando o provedor Francisco Álvares a Sebastião Carvalho pagar ao padre Diogo Fernandes, como vigário da igreja de São Jorge e Santana, “de seu ordenado deste ano“, 9$000 réis; 1522 – referência de que o ordenado do pároco passou a 9$800 réis; 1525 – indicação para pagamento ao padre Gonçalo Lopes, como vigário rameiro; 1528 – informações sobre a existência de um beneficiado, então denominado raçoeiro, Bernardo do Quintal, com 8$00 réis, apresentado por carta régia de 12 out. desse ano e confirmado pelo Dr. António da Mota, provisor da sé do Funchal, então vacante, a 14 nov., e que se mantém em funções, pelo menos, até 1537; 1530 – ordem de pagamento ao padre Artur Lopes Salazar, entre jan. e março, 3$200 e ao padre Ambrósio Rodrigues, a partir de março; 1535 – indicação do pagamento ao padre João Gomes, de 13$300, tendo havido então um aumento de ordenado e indicando-se ter o Jorge Dias falecido em 1533; 1536 – indicação de que o padre João Gomes ter de ordenado 15$300 réis, situação que se mantém em 1537; 1552, 4 jul. – alvará de aumento do ordenado anual do vigário, fixando-o em 8$000, um moio de trigo e uma pipa de vinho; 1572, 27 nov. – alvará ao pároco de São Jorge, padre António Sá Amorim, do vencimento anual de 25$000 réis, em virtude de ter a freguesia “mais de 100 fogos“, acrescentando mesmo ter 106 fogos, pelo que a Mesa da Consciência e Ordens arbitrava esse global; 1574, 12 mar. – ordem do rei D. Sebastião para a igreja de São Jorge ter dotação de 5$000 réis anuais para a fábrica, mil réis acima das suas congéneres do Norte da Ilha; 1578, 18 mar. – extinção da colegiada de São Jorge; 1589, 20 abr. – acrescentamento do ordenado do vigário com mais 30 alqueires de trigo e uma quarta de vinho “para as despesas da sacristia“, assim como “$300 réis das missas dos Infantes“; 1598 – referência a um incêndio ter destruído a igreja do sítio do Calhaue os fregueses a terem reconstruído; 1631, 28 jul. – provimento mandando ordenar as Confrarias do Bom Jesus e da Senhora do Rosário; 11 ago. – provisão proibindo a passagem de gado pela escarpa, pelo perigo que representava para a Igreja, situada na base da mesma; 29 ago. – provisão do cónego licenciado Francisco de Aguiar idêntica à anterior; 1643, 30 ago. – provimento do licenciado Francisco Rebelo, vigário da Ponta do Sol, por não haver sacristia, “uma coisa que ordinariamente há em qualquer ermida para guarda, recolhimento dos ornamentos e decência para se vestirem os sacerdotes“, exortando então “todos os fregueses, que com a maior brevidade possível tratem com o reverendo vigário de fazer uma sacristia“, referindo “que não deve custar muito, pois não faltam nesta terra madeiras e a pedra para ela está à porta“, pois que “sendo este povo tão grande e de tanta gente, cada um que ajude com o seu pouco e se fará com facilidade e ficará a capela-mor livre para recolher mais gente, enquanto se não acrescenta a igreja, como está mandado nas visitações atrás“; 1645, 20 jul. – provimento do cónego Gonçalves Cidrão em que refere que a igreja, “que pelo risco do lugar em que está, lançaram sortes para a fazer em outra parte“, mas “foi o Santo servido que nesse lugar ficasse e fosse Deus adorado e servido e venerado“; 1647, 20 jul. – provimento para o ordenamento das Confrarias de São Jorge e do Santíssimo e execução de “caixinhas de três chaves (…) dentro de um mês” para a administração das mesmas; 1653, 28 jul. – informação do Visitador de que a imagem do Senhor Jesus, “tão excelente e devota (…) que custou o feitio 30$000 reis” não havia sido paga; 1660, 19 jul. – doação do terreno do Sítio da Achada pelo morgado Francisco de Carvalhal e Vasconcelos, mediante a celebração de quatro missas anuais por sua alma e de seus sucessores; 4 set. – informação de ter sido iniciada a nova igreja no Sítio da Achada, determinando o Visitador a construção de um forno de cal, a vinda de pedra de cal do Porto Santo, ficando todo esse encargo para o capitão Henrique Teixeira Calaça e tendo o serviço paroquial passado a realizar-se na capela de São Pedro; 1672, 27 nov. – alvará aumentando o ordenado do vigário para 25$000 em dinheiro; 1669, 16 jul. – provimento determinando a preservação de “coisas profanas” do “lugar da Igreja Velha“; 26 ago. – novo provimento do Visitador determinando a construção de uma casa sobre a sacristia para os Visitadores, com tribuna sobre a capela-mor; 1672 – ordem do bispo D. Frei Gabriel de Almeida de se fechar a tribuna sobre a capela-mor “por desnecessária“; 1677, 8 jul. – informação de se encontrar concluída a nova igreja, faltando somente algumas alfaias e deixando o serviço paroquial realizar-se na capela de São Pedro; 1698, 20 abr. – provisão de aumento de ordenado ao vigário com mais 30 alqueires de trigo e um quarto de vinho; 1706, 12 jul. – provisão do Visitador proibindo exercícios militares “de rebate e alardo” no adro da igreja; 15 ago. – informação de que o retábulo-mor, dedicado a São Jorge, apresentava “ruturas“; 1720 (c.) – texto de Henrique Henriques de Noronha afirmando: “que foi a mais antiga de todas as da parte Norte; por cujo respeito ião em tempos mais antigos os vigários circunvizinhos com suas cruzes assistir nela à procissão do Corpo de Deus; cuja observância guardam ainda hoje as duas que lhe ficam mais próximas, que são a de Santana e a do Arco“; 1727 – informação de que não estava terminado o camarim; 10 out. – provisão do bispo para que o pároco António Fernandes Barradas requeresse um cura coadjutor do vigário; 1728, 28 ago. – nomeação provisória do padre Sebastião Gonçalves para coadjutor do vigário; 1731, 3 out. – visitação do cónego doutor Bernardo Rodrigues Nogueira, comissário do Santo Ofício, admoestando de novo o padre Barradas, pois que “que visitando esta Paroquial de São Jorge“, presenciara “com dor e lástima o pouco asseio desta Igreja e a pobreza de ornamentos, descaminho e falta de zelo nos bens das Confrarias e da mesma” igreja, sendo o pároco afastado; 1732, set. – início de funções como vice-vigário do padre Francisco Marques de Mendonça; 1734, 3 jul. – exame do padre Marques de Mendonça para vigário de São Jorge, sendo o padre Barradas afastado para a Calheta; 1737, 13 set. – informação de se terem começado as obras de ampliação da igreja; 1740 – trasladação dos ossos da igreja em obras para a capela de São Pedro; 1749, 9 jan. – breve do Papa Bento XIV de indulgência plenária à Confraria de São Jorge; 1743, 27 jul. – informação de já haver serviço na capela-mor e provimento do bispo D. Frei João do Nascimento para ordenação da Confraria do Santíssimo, que não tinha Compromisso; 1744, 28 jun. – provisão de ereção da Confraria do Santíssimo; 1746, 11 fev. – alvará régio de criação de um curato; 2 dez. – inquirição ao mestre das obras reais João Martins de Abreu e ao mestre pedreiro Pedro Fernandes Pimenta sobre a petição do vigário Francisco Marques de Mendonça de um retábulo dourado, pintura do orago, azulejos e muros para o adro da igreja; 3 dez. – informação do escrivão da fazenda e contos Domingos Afonso Barroso, servindo de Provedor, não entendendo necessário o muro para o adro; 1748, 3 maio – termo de sujeição da Confraria do Santíssimo; 13 maio – aprovação do Compromisso da Confraria do Santíssimo; 1749, 8 nov. – ordem do conde de Unhão para se efetuar o processo para o altar de São Jorge; 10 dez. – ordem do provedor da fazenda Manuel Teixeira de Castro para se deslocarem a São Jorge o mestre das obras reais Domingos Rodrigues Martins e o entalhador Julião Francisco Ferreira; 1750, 8 jan. – termo de juramento do entalhador para se deslocar a São Jorge com o mestre das obras reais, feito perante o provedor adjunto Domingos Afonso Barroso; 18 jul. – informação do mestre das obras reais Domingos Rodrigues Martins do orçamento do novo retábulo com tribuna, de que executa desenho, ficando a talha a cargo de Julião Francisco Ferreira e o douramento, de José António da Costa; 20 jul. – juramento do dourador comprometendo-se a executar o douramento e a pintura de São Jorge para o altar; 25 jul. – informação do provedor da fazenda alvitrando a vinda do painel de São Jorge de Lisboa, por ficar em metade do preço; 1751, 3 fev. – informação positiva do Conselho da Fazenda; 1755 – informação sobre a demarcação do local onde fora a primitiva igreja no calhau; 1758 – informação do sítio da “Igreja Velha” ter sido vendido ao padre José António de Aguiar por 4$000; 1756, 4 ago. – informação de residir em São Jorge José António da Costa “por causa do douramento e da pintura” da igreja; 1761, 17 set. – bênção da nova igreja pelo bispo D. Afonso da Costa Brandão e trasladação dos ossos da capela de São Pedro para a “casa dos ossos” no vão da escada da torre; 19 set. – ordenação de minoristas e presbíteros da Diocese na nova igreja de São Jorge; 1776, 24 set. – escritura de doação do morgado Diogo de Ornelas Frazão de Figueirôa e sua mulher D. Isabel Maria Brito do terreno anexo à igreja designado por Passal; 1840, 5 mar. – ruína do teto do corpo da igreja motivado por fortes chuvadas; 1846, 17 nov. – diligência do governador José Silvestre Ribeiro para se angariarem fundos para a reconstrução do telhado da igreja; 1849, 14 maio – aprovação da proposta das obras na igreja na Câmara dos Deputados, em Lisboa; 1850, 15 abr. – início da obra de reposição do tecto; 1892, 27 fev. – ciclone que causou danos na igreja, especialmente na residência paroquial;

Date circa 1950
date QS:P,+1950-00-00T00:00:00Z/9,P1480,Q5727902
Source Arquipelagos (consultar ficha)
Author Fotografia Perestrelos (atr.)

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