File:Woman lying (1956) - Jorge Vieira (1922 - 1988) (20668568240).jpg
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[edit]DescriptionWoman lying (1956) - Jorge Vieira (1922 - 1988) (20668568240).jpg |
Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), Lisbon, Portugal Materials : Polychrome terracota sculpture with englobes MNAC - MC Inv. : 2053 BIOGRAPHY (IN WIKIPEDIA)
Morte 1998 (76 anos), Évora Évora NacionalidadePortuguesa Jorge Ricardo da Conceição Vieira ( Lisboa, 16 de Novembro de 1922 — Évora, 1998) foi um escultor e professor português. Pertence à terceira geração de artistas modernistas portugueses, onde ocupa um lugar de destaque. É considerado por José Augusto França como o mais importante escultor português da década de 1950.1
Filho de Anibal Vieira e Alice Vieira, nasceu na Rua Dr. Teófilo Braga, em Lisboa. Frequentou a Liceu Passos Manuel, Lisboa. Em 1941 o pai o matriculou-o na Escola de Belas-Artes de Lisboa; de início frequentou o curso de arquitetura e, mais tarde, o de escultura, que termina em 1953. Foi aluno de Leopoldo de Almeida.2 Trabalhou nos ateliês de António Duarte e Francisco Franco e também no de António da Rocha Correia, onde aprendeu a técnica da terracota e o seu tratamento cromático por engobes.2 Ainda estudante, participou nas Exposições Gerais de Artes Plásticas de 1947 e 1951.3 Expõe individualmente pela primeira vez em 1949 na SNBA. Em 1953 concorre ao Concurso Internacional de Escultura promovido pelo Institute of Contemporary Arts, Londres, O Prisioneiro Político Desconhecido, onde é premiado (projeto para o Monumento ao prisioneiro político desconhecido, 1953). Essa obra é exposta na Tate Gallery e, mais tarde, na II Bienal de S. Paulo, Brasil.4 2 Ao longo desses anos de formação viaja até Paris e Londres (1948); percorre a Espanha, Sul da França e Itália na companhia de Duarte Castel-Branco e Sá Nogueira (1951). Aprofunda amizade com Lagoa Henriques, José Dias Coelho, João Abel Manta e com os surrealistas Pedro Oom, Cruzeiro Seixas ou Mário-Henrique Leiria.2 Entre 1954 e 1956 frequenta a Slade School of Fine Arts, Londres, onde é aluno de Henry Moore e Reg Butler. De regresso a Portugal, retoma a atividade docente no ensino secundário (tinha ensinado nas Caldas da Rainha e ingressaria agora na António Arroio); colabora com os arquitetos Frederico George e Francisco da Conceição Silva realizando relevos ou esculturas para vários edifícios. Em 1957 cria dois grupos escultóricos para o Pavilhão Português do Comptoir Suisse de Lausanne e, no ano seguinte, participa na Feira Internacional de Bruxelas, sendo selecionado para figurar na exposição 50 ans d’Art Moderne , onde vence uma medalha de prata (será único escultor português presente na exposição).3 2 Em 1957 colabora com o arquitecto Jorge Ferreira Chaves executando uma escultura/anúncio representando uma rã, para a fachada da loja Palissi Galvani na Rua Serpa Pinto, no Chiado. A obra esteve em exposição até à demolição da loja, em 2009. Vence o 2º Prémio de Escultura na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, 1957, e o 1º Prémio de Escultura na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, 1961. Em 1964, integrado como escultor na equipa dirigida pelo Arq. Francisco da Conceição Silva, obtêm o 1º Prémio no concurso para a valorização plástica do maciço de amarração norte da Ponte sobre o Tejo. Neste ano é afastado do Gabinete Técnico da Habitação (por motivos de ordem política) e não é admitido como docente na Escola de Belas-Artes de Lisboa (por razões idênticas). Em 1976, dois anos depois do 25 de Abril ingressa como 1º Assistente na ESBAP. No ano de 1981 transita para a ESBAL, onde jubila como Professor de Escultura em 1992. Adquire uma casa nos arredores de Estremoz em 1982, onde irá trabalhar largas temporadas. Em 1994 é inaugurado em Beja o Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido. Realiza um Grupo Escultórico que será instalado na Avenida dos Descobrimentos em Lagos, Algarve (junto ao edifício dos CTT / Correios de Portugal). Em 1995 o Museu do Chiado organiza uma exposição retrospetiva da a sua obra. Em 1997-98 é autor da escultura Homem Sol para a EXPO 98 (Parque das Nações, Lisboa, 1997-98) e de uma outra para a Ponte Vasco da Gama (1998).2 Falece em 1998 em Estremoz. Dois anos depois é inaugurado o Monumento ao Mármore, concebido em 1996 e oferecido ao município de Estremoz. Desenhos e esculturas de sua autoria são integrados na homenagem a Mário Cesariny, Museu Municipal de Estremoz, 2007. No 10º aniversário do seu falecimento é inaugurada na Galeria Artecontempo a exposição Cada Desenho um Amigo (2008), realizada em parceria com a Câmara Municipal de Estremoz, através do Museu Municipal. Em homenagem ao escultor, em 1995 o município de Beja adquiriu um edifício que desde esse ano alberga o Museu Jorge Vieira – Casa das Artes. No primeiro piso é apresentada a colecção oferecida pelo escultor (desenho e escultura); o piso inferior destina-se a exposições temporárias, performances, instalações, conferências e debates, ateliers de artes plásticas, etc.5 Jorge Vieira está representado em inúmeras coleções , públicas e privadas, nomeadamente: Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Lisboa; Museu do Chiado, Lisboa; etc. OBRA Para Jorge Vieira, desenho e escultura foram meios expressivos de eleição. Se os trabalhos sobre papel percorrem os seus vários modos e períodos, na escultura optou por técnicas diferenciadas, num cuidadoso entrosamento entre o material e os objetivos e condicionantes específicos de cada obra. Utilizou bronze, pedra ou madeira, de modo seguro mas relativamente circunscrito, e empenhou-se sobretudo no ferro e terracota, que lhe serviram de veículo par obras de cariz diverso (ferro em trabalhos de grande dimensão, por vezes em espaço público; terracota na sua vasta produção de pequeno formato). Alheio às tradicionais formulações da escultura como monumento, distanciando-se desde o início dos seus mestres em terra lusa, o escultor oscilará livremente entre pulsões complementares, senão contrárias: diferentes graus de subversão das figuras; pendor trágico ou irónico; figuração / abstração; cheio / vazio; masculino / feminino; humano / animal; forma / informal; etc.). A obra de Jorge Vieira emerge a partir de meados da década de 1940, no momento em que as fraturas entre neorrealismo e surrealismo, por um lado, e figuração e abstração, por outro, dividem a cena artística nacional. Sem se vincular a qualquer grupo ou tendência, a sua primeira mostra individual irá integrar "esculturas abstratas, de sentido orgânico, a par de outras surrealizantes". Através da assimilação de um vocabulário primitivista, sincrético, a metamorfose e a transfiguração das formas em que trabalha encontra uma expressão "consentânea com as práticas surrealistas. No entanto Jorge Vieira não pode definir-se apenas como escultor surrealista: já em 1948, realizou um conjunto de trabalhos em barro […] no qual evidenciava o seu interesse pela redução da figura a um núcleo orgânico, sinal elementar traduzido no movimento ondulante do volume polido da terracota". O seu Monumento ao prisioneiro político desconhecido (maqueta inicial, em bronze, datada de 1953; concretização em tamanho real em 1994, instalado em Beja) "tem particular acutilância no contexto cultural repressivo em que foi realizada". Evitando o caráter óbvio de uma solução ilustrativa tradicional, Jorge Vieira optou por uma "plena invenção abstrata em que duas elipses entrelaçadas articulam uma memória antropológica com meios exclusivamente plásticos". A sucessão de espaços abertos e vazios "afirma a escultura como fundadora de um real outro, abstrato mas percorrido de intencionalidade figural". A influência de Henry Moore e Reg Butler far-se-á sentir sobretudo a partir da ida para Londres. Em alguns trabalhos desta época o escultor retoma temas animalistas e humanos abordados anteriormente, "seguindo um formulário de simplificação da figura". Noutros casos a referência antropomórfica dissolve-se em estruturas verticais, numa articulação dinâmica de linhas e planos. As obras realizadas para o Comptoir Suisse e para a exposição de Bruxelas "tornam explícito este entendimento da escultura como forma aberta no espaço". Nas décadas de 1960 e 1970 alguns dos seus trabalhos orientam-se para uma conceção de teor construtivo onde se acentua um sentido dinâmico, presente em anteriores obras em barro. Mais tarde irá recuperar a figura humana, de novo numa dimensão onírica e surreal, criando combinações insólitas, em várias peças, onde os corpos se desmultiplicam, sobrepõem, desmembram ou mutilam. Jorge Vieira opera uma acentuada hibridização desses personagens em que todos os elementos parecem permutáveis: "troncos que se tornam cabeças [...], chifres que se transformam em braços [...] pescoços que desaparecem e braços que se transformam em patas de animais [...], pernas isoladas com uma sorridente cabeça sobreposta [...] |
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Source | Woman lying (1956) - Jorge Vieira (1922 - 1988) |
Author | Pedro Ribeiro Simões from Lisboa, Portugal |
Camera location | 38° 42′ 31.94″ N, 9° 08′ 28.6″ W | View this and other nearby images on: OpenStreetMap | 38.708871; -9.141279 |
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19 February 2016
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current | 08:01, 19 February 2016 | 2,797 × 2,797 (1.29 MB) | Zygimantus (talk | contribs) | Transferred from Flickr via Flickr2Commons |
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Camera manufacturer | Leica Camera AG |
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Camera model | M9 Digital Camera |
Exposure time | 1/30 sec (0.033333333333333) |
ISO speed rating | 160 |
Date and time of data generation | 15:48, 23 August 2015 |
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Vertical resolution | 72 dpi |
Software used | Aperture 3.6 |
File change date and time | 15:48, 23 August 2015 |
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Date and time of digitizing | 15:48, 23 August 2015 |
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