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Português: Moto Continuum’s frames: cores e intensidade de Aswan em profundo movimento

Dia de pedra Sentir-me pedra, estar pedra, ser pedra, parte deste todo que se move pedra. Mineral. Otá. Sou fundamento. Yorubá. Mãe África me chamou pra construir... moto continuum – matriz da riqueza alheia, o corpo invisível das minorias sem vozes, o verdadeiro underground – massa – máquina – sangue humano –a resistência intrínseca e a resiliência aprendida.

Fotos sem foco. O movimento das ruas. O movimento sem tempo das pedras que se fazem areia; das ruas, o frenético estar na aridez das cores que invadem a alma e cortam nossa respiração. Sim. É difícil respirar. Um dia. De sol a sol. Sol, como todos os dias. Um deserto núbio que se fez Egito, Egito sem regozijos, soco bruto no estômago. Aqui não há alma líquida. Nem o Nilo sinto como construção aquosa. Não importam seu comprimento, seu fluxo contínuo. Não importa-me a represa de mais de 100 anos, barragens aqui e ali. Toda água, humanamente controlada e sinto-me mineral. A sensação de que sou parte do cenário. O revés do tempo. Tudo parou fora destes limites – limiares do NUNCA. Sou o ratinho do laboratório girando a roda da fortuna sem saber se, quando, como ou onde eu chego. É uma paralisia em movimento, não há como explicar. É como a dobra do tempo que vela apenas um lado do astro na viagem tubo. Welcome to my world! 9 meses. Gesto tantos mundos que tenho dúvidas a qual pertenço. E há de fato pertencimento?