File:Luis Ralha at his Atelier (12413907684).jpg

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Carcavelos, Portugal


Luís Ralha (1935-2008)

In Desenhamento (<a href="http://rochasousa.blogspot.pt/2008/02/na-morte-de-lus-ralha-pintor-e-designer.html" rel="nofollow">rochasousa.blogspot.pt/2008/02/na-morte-de-lus-ralha-pint...</a>)


Homem de grande força de espírito perante as contradições do mundo, Luís Ralha, pintor e designer, nasceu em Alhandra, em 1935, formou-se na Escola Antóno Arroio, em 1957, e em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), onde viria a ser professor assistente, nos anos 80, após vários anos vividos em Moçambique.

Exerceu actividade docente na Universidade do Porto e na Escola Superior de Arte e Design (ESAD). A passagem pelo atelier de Daciano Costa revelou-se bastante profícua no aproveitamente da sua vocação. 

Em Moçambique trabalhou essencialmente para a Direcção Nacional da Habitação, dirige um Gainete de Design Industrial - tendo então realizado as suas primeiras exposições individuais. Participou num grande número de exposições colectivas e explorou o design em obras de interior ou para equipamentos industriais, assumindo também as funções de desenhador no atelier de Daciano Costa.

Foi sobretudo, nas múltplas disciplinas trabalhadas, uma figura ligada a obras de equipa, Reitoria da Universidade de Lisboa, Hotel da Balaia, Galerias Ritz. Projectou galerias municipais em Vila Franca de Xira, Alverca e Póvoa de Santa Iria. Além de outras prestações em domínios semelhantes, esteve ligado a exposições bienais, mobiliário urbano e projecto cromático para espaços dessa área. Produziu Arte Pública em Lisboa (estação do metro de Entre Campos), Alverca e Santa Iria de Azóia.

As duas únicas pinturas que foi possível recolher em tão pouco tempo (Ralha faleceu no dia 6 do presente mês de Fevereiro) mostram bem a qualidade da forma plástica que desenvolveu em diferentes modos e conteúdos.

Empenhado socialmente, interessado pela nova pedagogia no ensino artístico e na própria evolução estética das coisas do espírito, Luís Ralha, como outros da sua geração e ainda activos, foi preterido pela nova crítica, enquanto, por si mesmo, se recusava a usar o habitual tráfico de influências para a sua mediatização e sucesso público. Pertence indesmentivelmente à história da arte portuguesa contemporânea, mesmo para os inventários ou publicações que o foram esquecendo na vaga de deturpações que só acharam a nossa moder- nidade e os seus protagonistas a partir dos anos 80.

(Rocha de Sousa)

In o Castendo (<a href="http://ocastendo.blogs.sapo.pt/727747.html" rel="nofollow">ocastendo.blogs.sapo.pt/727747.html</a>)


«Toda a arte tem uma função social, toda a proposta contém uma ideia sobre o mundo e sobre a espécie humana» dizia repetidamente Luís Ralha. A sua actividade, desde que tinha terminado o curso de pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL) tinha sido dirigida sobretudo para a área do design, onde se notabilizou como profissional e como professor.

Esse exercício deu-lhe um rigor de execução, de atenção ao pormenor, ao acabamento, ao cuidado colocado no projecto, no enunciado do projecto que transpôs para a pintura quando pintar voltou a ocupar mais espaço na sua actividade.

Depois de uns anos em Moçambique, onde a marca da sua passagem continua a ser visível, volta a Portugal em 1984 e dois anos depois, sem nunca abandonar o design, começa a expor uma pintura de minúcias e detalhes preciosos, cores luxuosas nos lances poéticos da «Menina dos Balões», na indisfarçável angústia nas multidões que caminhavam para algum lado ou lado nenhum sob céus em fogo, no rigor de paisagens urbanas e industriais definidas em planos muito precisos, nas naturezas mortas com pormenores inusuais. Olhando-se para a pintura de Luís Ralha rapidamente nos apercebemos que existe uma ideia motora, que existe um projecto que antecede o desenvolvimento formal que se vai resolver no combate final com a tela, espalhando tintas, delimitando formas, colocando figuras humanas, vegetais ou minerais, registando ambientes, criando texturas dentro de um enquadramento de linhas que nunca são óbvias mas que se vão pouco a pouco descobrindo, dramatizando situações, colocando sinais, orientando olhares, dando sentido e significado à obra quando o artista a dá por finda para se iniciar o enunciado da fala do pintor com o(s) seu(s) interlocutor(es).

Olhando para os seus quadros poderemos legitimamente presumir que é um trabalho que avança com propositada lentidão, como pão a levedar, a ser cozinhado em forno lento para adquirir toda a paleta dos seus sabores. Poderemos imaginar o pintor experimentando o prazer da mão empunhando os pincéis que fazem crescer na tela a imagem que ele sabe ir fazer aparecer mas que adquire toques inesperados logo aceites ou rejeitados, até um dia a dar por acabada.

Contrariamente a esse exercício pictórico as esculturas que projectou, algumas foram realizadas sendo a mais conhecida a que está em Alverca, comemorando os 30 anos do 25 de Abril, é enxuta da multiplicação de sinais tendo uma leitura mais imediata, o que não é sinónimo de menor complexidade. O conhecimento dos materiais e da sua manipulação conformam e enformam a expressão artística de Luís Ralha «em permanente confronto com todas as áreas de conhecimento».

(António Vilarigues)
Date
Source Luis Ralha at his Atelier
Author Pedro Ribeiro Simões from Lisboa, Portugal
Camera location38° 41′ 24.61″ N, 9° 19′ 53.54″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

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