File:Igreja de São Tiago - Palmela - Portugal (48831060766).jpg

From Wikimedia Commons, the free media repository
Jump to navigation Jump to search

Original file (3,981 × 2,912 pixels, file size: 2.28 MB, MIME type: image/jpeg)

Captions

Captions

Add a one-line explanation of what this file represents

Summary

[edit]
Description

A importância da igreja de Santiago de Palmela ultrapassa, em muito, a esfera da Ordem de Santiago, a cuja instituição se deve a sua edificação. Como provou Vieira da SILVA, 1989, p.47, o monumento apresenta uma simplificação estrutural e uma linearidade construtiva que encontra eco em outras tendências europeias e contemporâneas do Gótico internacional, em particular na Alemanha. O despojamento desta arquitectura tem sido, justamente, um dos aspectos mais focados, facto que lhe confere o estatuto de monumento "de maior monumentalidade" saído da corrente linear inaugurada com o claustro afonsino do Mosteiro da Batalha (IDEM, p.45). A sua construção relaciona-se com o estabelecimento definitivo da sede da Ordem em Palmela, "que era la caveça de la encomienda mayor" da instituição (FERNANDES, 2004, cit. Fr. Jeronimo Román), facto que ocorreu na viragem para a década de 40 do século XV. O período de maior incremento terá ocorrido durante o mestrado de D. Fernando (DIAS, 1994, p.166), pai de D. Manuel, que geriu os destinos dos santiaguistas entre 1460 e 1470. Finalmente, em 1482, consumou-se a transferência total das estruturas da Ordem, data que se admite coincidir com o final, ou uma etapa já bastante avançada, das obras na igreja. Volumetricamente, o templo compõe-se de dois espaços justapostos, correspondentes ao corpo e à capela-mor. Aquele é tripartido e seccionado em cinco tramos, com nave central mais larga e alta que as laterais, embora exista uma tendência clara para a uniformização espacial. Este facto coloca o edifício num lugar de destaque no caminho que levará às igrejas-salão manuelinas, verificando-se aqui um passo prévio a essa realidade, ainda que relativamente longe pela robustez dos pilares, a pouca elevação dos pilares ou a não unificação das três linhas de abóbadas (SILVA, 1997, pp.70-71), a que se poderia juntar a sensação de túnel que a nave central adquire na orientação do olhar rumo à capela-mor, que assim subalterniza as colaterais (PEREIRA, 1995, vol. II, p.29). A cabeceira era originalmente de dois tramos abobadados e dotada de contrafortes escalonados. A fachada principal denuncia a austeridade e o despojamento que encontraremos depois no interior. A sua organização pode considerar-se habitual, em empena triangular de três panos, tendo o central dois registos, com portal principal inscrito em gablete, no inferior, e óculo circular, no superior. O portal principal, todavia, é diferente da maioria das entradas monumentais góticas, uma vez que não possui quaisquer capitéis ou impostas salientes, constituindo assim o principal elemento da "iconofobia" com que Paulo PEREIRA, 1995, vol. II, p.29 se lhe refere, autor que reconhece também nesta total ausência de decoração e tendência para a austeridade, um "revivalismo das formas puras e rigoristas" da arquitectura cisterciense dos séculos XII e XIII. Após a conclusão das obras, devem ter-se realizado melhoramentos quase imediatamente. Assim o sugere Paulo Pereira (IDEM, p.28), ao atribuir o coro-alto, que ocupa o primeiro tramo da igreja, à década de 70 do século XV, "quase por certo o primeiro a ser construído em Portugal". Durante a primeira metade do século XVI, sob o impulso de D. Jorge, filho de D. João II, a igreja foi objecto de várias alterações. A principal diz respeito à capela-mor, a que se acrescentou mais um tramo e o coroamento com ameias. Por essa altura, o interior do templo servia de local de enterramento dos mestres da Ordem, e foi aqui que D. Jorge escolheu sepultar-se, em arca prismática dentro de arcossólio cairelado, na nave lateral Norte. Ao longo da época moderna, identificam-se algumas alterações importantes: de ambos os lados rasgaram-se duas capelas, em particular a do Santíssimo Sacramento, que rompia, pelo lado Norte, a simetria do conjunto; na capela-mor abriram-se janelões barrocos e de 1700 datava o antigo retábulo-mor, obras suprimidas no restauro efectuado pela DGEMN na década de 30 do século XX. PAF

<a href="http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71223" rel="noreferrer nofollow">www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-im...</a>
Date
Source Igreja de São Tiago - Palmela - Portugal 🇵🇹
Author Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL
Camera location38° 33′ 55.92″ N, 8° 54′ 03.97″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

Licensing

[edit]
w:en:Creative Commons
attribution share alike
This file is licensed under the Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic license.
You are free:
  • to share – to copy, distribute and transmit the work
  • to remix – to adapt the work
Under the following conditions:
  • attribution – You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
  • share alike – If you remix, transform, or build upon the material, you must distribute your contributions under the same or compatible license as the original.
This image was originally posted to Flickr by Portuguese_eyes at https://flickr.com/photos/21446942@N00/48831060766 (archive). It was reviewed on 4 October 2019 by FlickreviewR 2 and was confirmed to be licensed under the terms of the cc-by-sa-2.0.

4 October 2019

File history

Click on a date/time to view the file as it appeared at that time.

Date/TimeThumbnailDimensionsUserComment
current05:00, 4 October 2019Thumbnail for version as of 05:00, 4 October 20193,981 × 2,912 (2.28 MB)Tm (talk | contribs)Transferred from Flickr via #flickr2commons

There are no pages that use this file.

Metadata