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Edifício mais antigo da Vila de Oleiros, considerado a “Joia da Coroa”, está classificado como imóvel de Interesse Público. O edifício dedicado à Nossa Senhora da Conceição, foi sofrendo alterações ao longo dos anos. Começou a ser construída em 1532 durante o reinado de D. Manuel I sendo concluída apenas em 1715, sofrendo reparações durante o processo. A sua fachada principal é sóbria, não demonstrando todo o esplendor que possui no seu interior. É suportada por seis colunas dóricas provenientes do convento que existiu no Mosteiro.

O teto da nave central é forrado por 30 caixotões de madeira policromado, sendo que cada um é um tributo a Nossa Senhora, apresentando a pintura de um símbolo extraído de uma escritura do Antigo Testamento. Possui cinco altares com colunas espiraladas, estando decoradas com parras de videira e aves debicando cachos de uvas.

Os dois altares que ladeiram o arco de cruzeiro são dedicados ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora do Carmo. Neste altar encontra-se exposto um sacrário de madeira policromada, o qual apresenta na porta a imagem de Cristo Ressuscitado. Nas paredes laterais situam-se os altares de Nossa Senhora de Fátima e de São Pedro. É neste último que se encontra a imagem de pedra de Nossa Senhora do Rosário, datada do século XV.

A capela-mor tem o teto forrado por painéis pintados em tela, fazendo alusão aos caixotões da nave central do corpo da Igreja. Cada tela apresenta assim um dos símbolos pintados nos caixotões. Na parte central, está representada uma cruz de malta.

As paredes laterais são revestidas por painéis cerâmicos figurativos do século XVIII, representando uma cena de expulsão do paraíso e, na parede do lado oposto, uma cena de tranquilidade e bem-estar. O altar-mor é revestido de azulejos hispano-árabes do século XVI.

Possui também um trono elegante, um singular sacrário e algumas das imagens deste valioso espólio, nomeadamente uma imagem de madeira policromada de Nossa Senhora da Conceição.