File:Igreja Matriz de Azinhoso - Portugal (15125471878).jpg

From Wikimedia Commons, the free media repository
Jump to navigation Jump to search

Original file (3,888 × 2,592 pixels, file size: 2.21 MB, MIME type: image/jpeg)

Captions

Captions

Add a one-line explanation of what this file represents

Summary

[edit]
Description

A igreja paroquial de Azinhoso é um dos mais importantes templos medievais transmontanos, não obstante a sua localização periférica e as múltiplas dúvidas que subsistem em relação à exacta cronologia da edificação. Uma tradição veiculada pelo Guia de Portugal (3ªed., 1995, p.1026) viu no campanário a inscrição de 1196, data que foi, então, relacionada com uma eventual campanha construtiva templária, uma vez que, por essa altura, a Ordem detinha os territórios de Mogadouro e de Penas Róias. Tal informação, todavia, não se veio a confirmar e, ainda na primeira metade do século XX, o Abade de Baçal esclareceu que a inscrição era apócrifa, enquanto que Mário Barroca, mais recentemente, não encontrou quaisquer vestígios desse letreiro (BARROCA, 2000, p.1185). Mas se não é possível atribuir a actual igreja a um passado tão remoto, o facto é que quando se terraplanou o terreno envolvente, aquando do restauro a cargo da DGEMN, apareceram uma série de sepulturas escavadas na rocha, junto ao "ângulo noroeste do templo" (BARROCA, 2000, CD-ROM), o que sugere uma relativa antiguidade de ocupação religiosa deste local, provavelmente a rondar os séculos X-XI. Para uma atribuição mais rigorosa da igreja tem sido fundamental duas outras inscrições. Na esquina Sudoeste da capela-mor exibe-se um letreiro datado criticamente do século XIII e que ostenta a legenda "ALFONS" (BARROCA, 2000, p.1185). Este mesmo autor equacionou uma relação com possíveis senhores da Terra de Bragança, nomeadamente D. Afonso Rodrigues, procurador e pobrador da Terra de Bragança e Miranda, referido em 1285 e responsável por um diploma de regalias passado à localidade. Na fachada principal, do lado Sul do portal, existe uma terceira inscrição. Nela se lê apenas a palavra "ERA", não se vislumbrando os restantes caracteres, mas Mário Barroca (IDEM, 2000, p.1962), datou-a do século XIV. Será esta a leganda comemorativa da conclusão das obras do templo de Azinhoso? Não o sabemos, mas é sugestivo que assim seja, em particular tendo em atenção que a inscrição anterior se poderia referir ao arranque dos trabalhos, o que nos daria uma datação aproximada para a igreja entre os finais do século XIII e a primeira metade do século XIV. Estilisticamente, o templo adequa-se a esta cronologia e, especialmente, à região periférica em que se insere. Os seus portais, em arco já apontado, decorados com motivos perlados e quadrifoliados de tratamento sumário, inscrevem-se no que se chamou Românico tardio, ou de resistência, linguagem estilística comum no Norte e Interior do país até datas a rondar os séculos XIV e mesmo XV. Existem, todavia, algumas características que apontam para uma relativa importância da obra, como a monumental e cenográfica fachada principal, extremamente alta e rematada axialmente por campanário de dupla sineira e o amplo interior, embora de nave única. No século XV, a igreja teve grande importância regional, instituindo-se como verdadeiro centro de romaria. Datará dessa altura o alpendre existente do lado Norte e que, de acordo com os vestígios nas restantes fachadas, rodearia toda a frontaria do templo, ligando os três portais. Em finais do século XIV, D. João I passou pela povoação e terá oferecido ao seu templo paroquial um firmal para a imagem de Nossa Senhora que ainda existe no interior (AFONSO, 1988, pp.135-136). Algum tempo depois, D. Luís Eanes de Madureira, vigário geral do arcebispo de Braga, fez-se sepultar em arcossólio no interior da igreja, obra decorada com pinturas murais semelhantes a outras encontradas na fachada principal da Sé de Braga, o que permite supor da acção de uma mesma oficina (AFONSO, 1996, pp.64-65). Com o passar do tempo, registaram-se algumas alterações no conjunto. As mais importantes deram-se no tempo barroco, quando se realizaram os retábulos laterais e o retábulo-mor, este ainda do século XVII, e a edificação da Casa da Misericódia (1647), anexa ao lado Norte da capela-mor.

PAF <a href="http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74235/" rel="nofollow">www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel...</a>
Date
Source Igreja Matriz de Azinhoso - Portugal
Author Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL
Camera location41° 23′ 03.2″ N, 6° 41′ 05.3″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

Licensing

[edit]
w:en:Creative Commons
attribution share alike
This file is licensed under the Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic license.
You are free:
  • to share – to copy, distribute and transmit the work
  • to remix – to adapt the work
Under the following conditions:
  • attribution – You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
  • share alike – If you remix, transform, or build upon the material, you must distribute your contributions under the same or compatible license as the original.
This image was originally posted to Flickr by Portuguese_eyes at https://flickr.com/photos/21446942@N00/15125471878 (archive). It was reviewed on 15 April 2019 by FlickreviewR 2 and was confirmed to be licensed under the terms of the cc-by-sa-2.0.

15 April 2019

File history

Click on a date/time to view the file as it appeared at that time.

Date/TimeThumbnailDimensionsUserComment
current04:02, 15 April 2019Thumbnail for version as of 04:02, 15 April 20193,888 × 2,592 (2.21 MB)Tm (talk | contribs)Transferred from Flickr via #flickr2commons

There are no pages that use this file.

Metadata