File:Audio file of Rua do Rosário.wav

Português: Versão audível do quadro Rua do Rosário, de Alfredo Norfini. Trabalho realizado em programa de educação na Faculdade Cásper Líbero sob orientação da Profa. Filomena Salemme e do Prof. João Alexandre Peschanski, com apoio do Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil e da equipe educativa do Museu Paulista.

O texto da audiodescrição é: O quadro Rua do Rosário é uma obra pintada pelo artista ítalo-brasileiro Alfredo Norfini, no ano de 1854, com a técnica de óleo sobre tela. Logo de cara, é perceptível o céu claro, uma vez que a tonalidade azul preenche o campo de visão do apreciador. Algumas nuvens brancas também completam o cenário, trazendo um ligeiro toque de tranquilidade e calmaria para o momento retratado. No entanto, não há presença assídua do sol. O quadro, basicamente, representa uma viela razoavelmente extensa, com calçadas de tijolos acinzentados. Já a pista, por sua vez, recebe uma cor marrom e não parece ser minimamente asfaltada. A tonalidade assemelha-se às cores de barro ou lama. Ao redor da viela, temos casarões coloridos e de tamanhos respeitáveis. Imaginando uma vista frontal da obra, ao lado direito, em primeiro plano, está uma construção com cinco portas durante toda a sua extensão de fachada. Tem apenas um piso térreo, sem qualquer tipo de sacada. O azul de suas paredes é forte, chama a atenção de quem analisa a pintura. Dois homens aparecem em frente às portas – duas das cinco portas, no caso. Avaliando o plano de fundo, o homem que aparece à frente no contexto é caucasiano, está usando óculos, mantém os braços cruzados para trás e utiliza um paletó preto. Em contraste, por baixo do paletó, emprega camisa e calça brancas, além de um simples casaco bege. Está na calçada, sem encostar na porta. O sapato parece ser escuro, algo próximo ao marrom. Não é um homem alto, tem pouco cabelo. O indivíduo presente no plano anterior também usufrui de um paletó preto. No entanto, a calça e o sapato também são pretos, juntamente com o chapéu que utiliza, diferentemente do outro homem. Inclusive, por conta do chapéu, há uma sombra em seu rosto, evitando a possibilidade de enxergar maiores detalhes. Por baixo do paletó, nota-se uma camisa branca. Também é caucasiano, está em pé e encostado na forma da porta, mais para dentro da vivenda, e com a perna direita levemente flexionada. Assim como o outro rapaz, também olha fixamente para algum ponto específico. Parecem firmar o plano de visão para quem assiste à tela. Os casarões e vivendas parecem antigos, algo bem próximo do que realmente era construído no século XIX. Alguns destes aparentam ter segundos andares, sem retirar a características de terem muitas portas e janelas ao longo das fachadas. Passeando pela viela, vemos, ao fundo, supostos casais, além de outros indivíduos que provavelmente caminham sozinhos. Pensando no plano de fuga, em frente à casa mais distante percebemos um animal, mas não é possível definir qual é. Talvez uma vaca ou um boi, mas sem retirar as possibilidades de ser um cachorro ou um cavalo. É predominantemente bege, algo próximo a um marrom claro. Imaginando uma divisão igualitária da altura da obra, temos, neste ponto exato, uma cruz em cima de outra construção. É possível deduzir que seja uma igreja ou qualquer local de conotação religiosa. No entanto, não é facilmente perceptível. Os demais elementos mencionados possuem um destaque ainda maior no contexto da obra.

Audiodescrição por Otávio Augusto Freire Holanda, projeto de educação da Faculdade Cásper Líbero.